Diário de um fumador

Apenas o desespero na forma de palavras

30 de abril de 2008

Recordações

"A recordação do caminho percorrido é um contibuto enorme para novos passos".
Acabei de escrever isto num blog de uma amiga, que deixou de fumar há 20 dias.
http://viciosviciantes.blogspot.com/

Podem lá ir. Penso que ela poderá gostar da visita.

Enquanto isso, eu vou ler o que escrevi nestes 4 meses, não vá faltar-me a coragem para continuar o longo caminho.

29 de abril de 2008

Título?

Arranjar títulos para os posts é dificil.
E quando não se sabe o que escrever neles é ainda pior...
Mas gostava que isto fosse mesmo um diário.

28 de abril de 2008

Onde estás?

Às vezes um cigarro faz falta, nem que seja para distrair.
Penso demasiado em coisas sem nexo, sem sentido...
Deveria preocupar-me em construir um futuro e teimo em tentar defini-lo procurando um sentido para o passado. Não saio de mim. Não me liberto.
Estarás a ler-me?

27 de abril de 2008

Porque hoje é Domingo

Aliás, porque hoje é vespera de segunda e não quero "imitar" nem tirar o protagonismo a outro blog.
Porque o dia da liberdade já lá vai, aquele que deveria ser qualquer dia, mas que só é lembrado quando os políticos usam um cravo como símbolo da hipocrisia...
Porque sim, apenas isso... apeteceu-me fazer um balanço dos meus passos, quando, ao mesmo tempo, fica tanto por dizer. Eu prometo escrever sobre isso mais tarde. E isso são as Jornadas de Animação da EPT, por exemplo...
Mas vamos ao balanço.

117 noites sem fumar;
374 € no mealheiro;
Uma playstation;
Uma gaita de foles;
Um blog com mais de 3500 visitas;
Melhoria muito significativa no olfacto;
2 quilos a mais;
Maior consumo de álcool;
Mais tranquilidade nas palavras e nos actos;
Mais ansiedade nos pensamentos e sentimentos.

Que mais virá?!

22 de abril de 2008

Isto de diário tem muito pouco

Construí este blog para escrever sobre o facto de não fumar.
Porém, o meu objectivo era apenas um: Não fumar! O facto de escrever sobre isso era apenas um meio para atingir esse fim. Escrever funcionava, assim, como uma espécie de tranquilizante. Porém, ao longo dos dias, fui encontrando outras formas de me equilibrar perante ausência da nicotina. Daí este diário deixar, aos poucos, de ser o que é.
Já lá vão 113 dias. Aliás, 112 noites! Poderia fazer aqui uma analogia ao número das emergências. Contudo, nesta luta, não há urgências nem pressas.
Um dia de cada vez!

20 de abril de 2008

Regresso à escrita

Ponte de Lima é uma vila bonita, a mais antiga de Portugal, segundo li num placar, à ida para lá!
5ª feira à noite, no regresso a Aveiro, confesso, se tivesse cigarros no carro, fumava-os todos. Detesto conduzir à chuva, ainda pior sozinho e sem saber o caminho :(
Agora vou a Viseu, cantar uma musica com o 604+. Esta noite, se houver tempo, escrevo acerca de todos os dias em que estive ausente.
Por falar em ausências e presenças, lembrem-me de vos falar na Carla - uma aluna minha que há dez dias que não fuma :)
Parabéns!!

15 de abril de 2008

De partida

Amanhã parto para Aveiro, para depois ir a Ponte de Lima, ao tal Congresso de Animação.
Estou ligeiramente nervoso, mas não o suficiente para me concentrar somente no que vou dizer na minha apresentação. E isso preocupa-me. Noutros tempos, já saberia de cor tudo o que iria falar... até os improvisos!
Pode ser que isso queira dizer maturidade ou, no pior dos casos, excesso de confiança!
Outro facto me preocupa, e por isso vos escrevo, é correr o risco da tentação de fumar. Vou estar sozinho, durante três dias (apesar de ir dormir a casa do Segunda), rodeado por mais de trezentas pessoas.
Que cenário bizarro: Sozinho, rodeado por trezentas pessoas! Como irá ser?
Depois volto para contar!

12 de abril de 2008

Jantar de amigos

Esta noite, tive de recusar um jantar de escuteiros. Mas foi por uma boa causa - Um jantar de despedida, entre amigos de uma formação em que participei. E quando falo em amigos, refiro-me a colegas, alunos e alunas, coordenadora... Foram meses que eu apreciei muito. Gostei de trabalhar e fazer parte desta equipa.

Como reconhecimento, aqui fica a minha imagem, da autoria de uma formanda.


Até breve! Talvez fume um charuto, para despedida!

9 de abril de 2008

Ontem

Ontem estive mesmo, mesmo, para fumar um cigarro. Tenho numa gaveta algum tabaco de enrolar. São cerca de 50 gramas. Devem dar para uns oitenta cigarros...
Ontem, depois de uma chatice profissional, cheguei a enrolar um cigarrito. Não sei se pelo facto de o estar a enrolar, se por estar mesmo nervoso devido ao que me tinha acontecido, as minhas mãos tremiam, enquanto lambia a mortalha, imediatamente antes de a colar.
Fiquei a cheirar o cigarro durante alguns, muitos, segundos. Procurei, noutra gaveta, um isqueiro que sabia estar ali. Afinal não estava. Ou não o encontrei.
Depois, pensei um pouco e cheguei à conclusão que não seria uma chatice profissional que iria deitar por água abaixo três meses de luta.
Será preciso muito mais para me derrubar :)

6 de abril de 2008

100

Esta é a mensagem cem! Sem mensagem nenhuma, a não ser esta.

5 de abril de 2008

Saudade

A saudade, para ser verdadeira, tem de magoar.
Ter saudade sem sofrer, no meu conceito, não é ter saudade. É, apenas, recordar.
Recordo o tempo em que fumava. Porém, tenho saudade dos cigarros.
E tenho saudades de ti.
Mas isso são outros mundos, outras esferas, que não a blogosfera.
E a vida continua... Enquanto houver!

4 de abril de 2008

Minis

Há muito tempo que não tinha essa necessidade. Talvez, desde o Carnaval. Mas hoje, nem sei bem porquê, vou beber umas minis no Quebra Tolas.
Encontramo-nos por lá?

3 de abril de 2008

Um prozac vale mais que mil palavras.

2 de abril de 2008

Inconclusivo

Às vezes irrito-me! Das outras vezes, fico mesmo lixado. Para não dizer f****!
Ando, ultimamente, desequilibrado emocionalmente. Uma amiga (ex-fumadora) alertou-me para o tempo entre os 3 e os 6 meses de abstinência. Disse-me que eram os piores. Porém, disse-me isso quando lhe confessei a minha angústia, o que exclui a possibilidade de ter sido influenciado pelas palavras dela.
A verdade é que ando com os nervos à flor da pele e sinto-me incapacitado de mudar alguma coisa. Sinto-me como se estivesse em permanente reflexão e não chegasse a conclusão nenhuma. E o pior de tudo... estou com a sensação que as conclusões chegariam ao primeiro bafejar de fumo azulado.
É como me sinto: Inconclusivo!

A três maços das três mil visitas

Isto, claro, se cada cigarro fosse uma visita!

Reduzido a cinza

A minha foto
Canas de Senhorim, Viseu, Portugal
À espera de palavras...