Hoje esteve um dia bonito. Agora, o frio chega com a noite, mas, por volta das três da tarde, o sol estava francamente agradável. Perante esse cenário, decidi ir a pé para a escola, algo que não fazia desde o meu 9º ano, ainda eu, saliente-se, não fumava.
Eu comecei a fumar muito tarde. Aos dezoito anos, idade estúpida, como qualquer outra. Experimentei os cigarros aos treze, mas só comecei mesmo a fumar aos dezoito. Motivo: Dinheiro no bolso, que é, para mim, a única verdadeira razão pela qual nos viciamos em nicotina.
Estava eu a contar que tinha ido a pé para a escola.
Decidi ir a pé por dois motivos. Primeiro, porque o dia estava mesmo bonito. Segundo, porque ando a comer demasiados doces e salgados e umas caminhadas, certamente, não me farão mal nenhum.
Pelo caminho, sem perceber bem a razão, comecei a recordar os meus tempos de escola e invadiu-me uma serenidade tal que me abstraí do cenário que me rodeava. Fui assolado por uma felicidade tal... um estado de espírito cativante!
E pensei o que ultimamente não páro de pensar:
"Mais uma vez, se fumasse, não estaria a viver o que estou a sentir agora".
Porque partilho isto, aqui, agora?
Pelo mesmo motivo que partilho tudo... sem motivo nenhum!
Diário de um fumador
Apenas o desespero na forma de palavras
21 de janeiro de 2008
Regresso à escola
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5 comentários:
Partilhar é bom porque há sempre alguém que gosta de ler.
Abraço
Eu começo o meu comentário com a repescagem de uma frase deste post "eu comecei a fumar muito tarde"...
Julgo que precisarias ter dito "eu comecei a fumar quando não devia". Eu comecei a fumar com 21 anos e o motivo foi a busca de companhia (de algo/alguém) durante o estudo para as frequências.
Está comprovado que a falta de nicotina ou de qualquer outra substância viciante faz com que o nosso organismo busca outra para a compensar (é a infidável busca da substituição). Esta necessidade em compensar essa falta passa pelo doce, de modo a acalmar o teu cérebro e travar essa mensagem gritante "PRECISO DE ALGO!!!!". É lógico que nem uma nem outra compensa o quer que seja, pois ambas fazem-nos mal. Mas como resistir? Nós somos realmente comendados.
Mesmo assim, achei interessante o "grito" de liberdade aquando o teu passeio e o respirar de recordações e cheiros ( renovados??)
AB. ;)
sonsdebruniel,
O "grito" de liberdade...
Sabes... penso que fumamos para, de certo modo, afirmarmos a nossa liberdade, para vencer uma opressão que ninguém compreende muito bem.
Por outro lado, deixar de fumar é também uma sensação de liberdade ainda mais extraordinária.
Porque não experimentas?
Obrigado André!
Não sei se és fumador ou não, mas espero que as minhas palavras te convençam que o vício da nicotina é mesmo tramado.
Abraço
Não, eu não fumo. (lol)
è bom ler, e saber que o professor está a conseguir vencer esta luta
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