Diário de um fumador

Apenas o desespero na forma de palavras

21 de dezembro de 2008

Liberdade

Ontem falava com um amigo acerca do vício e da vontade de fumar.
Ele não sabia que eu tinha deixado de fumar há quase um ano e, ao longo da noite, foi-me pedindo lume, sempre que queria fumar. Para o final, já ambos sorríamos, sempre que ele punha o cigarro à boca e se virava para mim, com o punho fechado e o polegar meio levantado.
No final da noite, depois de ambos pagarmos o consumo, questionou como iria ele fumar o último cigarro da noite, ao frio, antes de entrar no carro e irmos para casa (Ele ia dar-me boleia). Foi naquele momento que percebi a diferença entre mim e os fumadores. Se no início, há 11 anos, fumava para me libertar, para não me sentir oprimido, hoje, não fumo pelos mesmos motivos. E expliquei-lhe:
- É essa a diferença entre mim e ti. A ambos apetece fumar, só que tu estás preso ao vício e eu tenho liberdade para escolher não fumar. E não vou fumar, enquanto espero, no quentinho do carro, que tu o faças, ao frio.
Até amanhã!

4 comentários:

miau disse...

Então parabéns, por quase um ano sem fumar!!!
Parabéns pelo quase primeiro aniversário do blog.
Já eu, tenho vícios, e gosto!!

Farpas disse...

ter vícios é bom! A vida sem vícios é uma seca... temos é de escolher bem os vícios! Eu cá só tenho vícios bons... pelo menos quase todos são bons... quer dizer... bem... ok!

miau disse...

Os meus são todos bons vícios, alguns podem, eventualmente, ser maléficos para a saúde, mas isso são pormenores!!

Já agora, andas mesmo constipado, esta cor amarela, é assim um tom para o doente.

Rui disse...

Os vícios são maus, pois é o pecaso mortal do prazer...
Gostei tanto desta frase que a vou colocar num post. LOL

Reduzido a cinza

A minha foto
Canas de Senhorim, Viseu, Portugal
À espera de palavras...