Maria era puta!
Tinha decidido ser puta porque queria fazer da vida algo que gostasse.
Maria gostava de se sentir penetrada e escolheu fazer disso o seu emprego.
Já a avó, contam alguns, o fazia, nas costas de um marido que optou por defender a pátria nas colónias. Mas isso são outras histórias...
Maria era uma acompanhante de luxo de profissão, daquelas que não acompanha ninguém para lado nenhum.
Arrendou um apartamento nos arredores da cidade e tinha alguns clientes habituais. Tomara serem tão fiéis às mulheres como o eram a ela.
Maria só tinha duas condições para com os clientes: Não se podiam beijar e tinham, impreterivelmente, de utilizar uma máscara. Maria utilizava sempre máscara e obrigava qualquer cliente a fazer o mesmo. Porquê? Por dois motivos. Para não ser reconhecida na rua e para não reconhecer ninguém. Maria tinha medo de se cruzar com algum cliente fora das paredes do T1 arrendado nos arredores da cidade. Isto porque Maria era uma estudante universitária simpática e cumprimentava toda a gente que conhecia... e Maria conhecia muita gente... Seria embaraçoso reconhecer um cliente nos corredores da universidade, por exemplo, e falar-lhe... ou não lhe falar...
Tudo corria bem. Maria era boa aluna e boa profissional.
Até ao dia em que, perto das 23 horas, toca à campainha mais um cliente. Maria atendia um cliente durante uma hora e descansava outra. Este, o das onze, seria o último dessa noite. Aliás, o último dessa semana. Que no dia seguinte, Maria partia de fim-de-semana, para a santa terrinha, algures na Beira Baixa.
Antes de abrir a porta, pediu pelo inter-comunicador para o cliente retirar da caixa de correio uma máscara e só subir com ela já colocada na face. Quando sentiu alguém a aproximar-se da porta de entrada, Maria colocou também a máscara e abriu caminho, cumprimentando o cliente.
Bastou um segundo, nem sequer precisou de ouvir a resposta toda. Bastou o "Boa" do habitual "Boa noite menina!" (que todos os clientes parecem saber dizer) para Maria reparar que aquele cliente não era um cliente como os outros.
Aquele cliente era o pai dela!
A partir desse dia, a vida de Maria ia ter que mudar!
Também pode ser um professor ou o padre da freguesia... mas estou mais inclinado para o ser o Pai.
Que dizem?
Diário de um fumador
Apenas o desespero na forma de palavras
4 de dezembro de 2008
A miserável - Sinopse
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10 comentários:
Bem... No mínimo arrepiante!!!
No entanto, parece que já li uma noticia desse género...
Mas acho que sim, aprofunda!
A mim a história também me parece conhecida...
No entanto inclino-me mais para o facto de a voz lhe parecer familiar, assim como o cheiro da pessoa, mas ela n saber quem é. E essa pessoa torna-se cliente habitual.
Cumprimentos
Beco
ainda mais arrepiante...
Se for Pai acaba de inventar um bom livro. Porque a partir desse momento pode desenrelar-se uma terrivel mistura de descobertas. Que piada tinha ser o Padre? lol (Abraço Professor)
Ela não pode reconhecer logo o pai, tem de desconfiar primeiro mas mesmo assim ser incestuosa (tu próprio o disseste "boa profissional"). Quer-me parecer que o "cliente" vai achar aquela menina uma querida e vai-se apaixonar por ela sem perceber muito bem porquê até porque ele até era habitual naquelas andanças e nunca tinha ligado muito às mulheres com quem tinha estado! Aliás estou mesmo a ver que o mistério se vai adensar quando se começar a perceber o que é que o Pai da Maria estava a fazer ali nos arredores da cidade naquele dia em vez de estar no conforto do seu lar em Meimoa (esta aldeia parece-me bem, é da Beira Baixa e tem uma barragem que pode ser incluída na trama!). Ahhh é verdade, quero saber qual é o papel do primo alcoólico dela condutor de um Fiat Uno branco com um airolon fantástico nesta história!
opa a historia esta altemnte..
será que ela estaria a ler o livro do escritor rui fonte?lol
continue...
comprimentos
Eu continuo a achar essa paixão muito óbvia e arrepiante... Só tu, farpas, já escreveste meia história! A aldeia é bonita.
Têm que dar a volta à coisa...
Agora fui apanhado de surpresa com tantas ideias...
Irei digerir as informações e voltarei em breve, com a menina de Meimoa...
Abraço de bem haja!
lol! Pronto ok, parece que estou a começar e gostar da ideia dos comentadores darem ideias para a História.
Não ficou esclarecido um pormenor... A casa nos arredores era apenas usada para atender os seus clientes? É que é um pouco irreal que o pai da miserável não soubesse onde era a casa da filha.
Poderia ser a seguinte história: ela alugava só aquela casa para atender clientes com marcação, um cliente habitual marcou, mas para oferecer a um amigo no seu dia de anos, ou num "comprar" politico. O Cliente (pai) que não era hábito frequentar esses sítios aceitou e começou a aprisionar-se a esse prazer, não como amor, mas como obsessão de a querer conhecer mais, a obsessão de ela tirar a máscara.
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